Por que ler Clarice?

Por que ler Clarice?

Que tal compartilhar conosco o que você sente quando lê Clarice Lispector?

Ou se você nunca a leu e está curioso para conhecê-la, comece com os aperitivos que oferecemos. Basta clicar em um triângulo para ler o texto que aparece abaixo.

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"Estou com saudade de mim. Ando pouco recolhida, atendendo demais ao telefone, escrevo depressa, vivo depressa. Onde está eu? Preciso fazer um retiro espiritual e encontrar-me enfim - enfim, mas que medo - de mim mesma." (CLARICE LISPECTOR, A descoberta do mundo, p. 365).

“Eu sou sim. Eu sou não. Aguardo com paciência a harmonia dos contrários.” (CLARICE LISPECTOR, A descoberta do mundo, p. 279).

“... é preciso não esquecer e respeitar a violência que temos. As pequenas violências nos salvam das grandes. Quem sabe, se não comêssemos os bichos, comeríamos gente com o seu sangue.” (CLARICE LISPECTOR, Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, p. 95)

“A tragédia de viver existe sim e nós a sentimos. Mas isso não impede que tenhamos uma profunda aproximação da alegria com essa mesma vida.” (CLARICE LISPECTOR, Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, p. 95)

“Sou um monte intransponível no meu próprio caminho. Mas às vezes por uma palavra tua ou por uma palavra lida, de repente tudo se esclarece.” (CLARICE LISPECTOR, Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, p. 53)

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo (...)" (CLARICE LISPECTOR, A descoberta do mundo, p. 172)

“O que nos salva da solidão é a solidão de cada um dos outros. Às vezes, quando duas pessoas estão juntas, apesar de falarem, o que elas comunicam silenciosamente uma à outra é o sentimento de solidão.” (CLARICE LISPECTOR, A descoberta do mundo, p. 270).

“Ela queria o prazer do extraordinário que era tão simples de encontrar nas coisas comuns: não era necessário que a coisa fosse extraordinária para que nela se sentisse o extraordinário.” (CLARICE LISPECTOR, Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, p. 122)

“Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata.” (CLARICE LISPECTOR, A descoberta do mundo, p. 346).

".. uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer, inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para frente. (CLARICE LISPECTOR, Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, p. 26)

“O prazer é abrir as mãos e deixar escorrer sem avareza o vazio-pleno que se estava encarniçadamente prendendo. E de súbito o sobressalto: ah abri as mãos e o coração, e não estou perdendo nada!” (CLARICE LISPECTOR, A descoberta do mundo, p. 420